II Fórum do CREA-ES é realizado no Cefor

Promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Espírito Santo (CREA-ES) e com o apoio do Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância do Ifes (Cefor – Ifes), aconteceu, entre os dias 18 e 20 de outubro, o II Fórum do CREA-ES, cuja temática foi Desafio da modalidade ensino a distância na formação dos profissionais da área tecnológica. O evento estava voltado para docentes, coordenadores de cursos, dirigentes de instituições de ensino, conselheiros e funcionários do CREA-ES, e o público foi contemplado com palestras, GTs, exposições de trabalhos e apresentações culturais.

A abertura do evento, dia 18/10, aconteceu no auditório do CREA-ES e os demais dias no pátio do Cefor. O Fórum teve início com a mesa redonda Modalidade Ensino a Distância na formação dos profissionais da área técnica e tecnológica, mediada pelo professor Nelson R. N. Del’Antonio. Na sua apresentação, o professor explicitou a finalidade do evento para o CREA: novas formas de se pensar o currículo e a dicotomia entre as competências e atribuições que o Conselho confere aos profissionais.

A mesa redonda contou com a participação do Coordenador Adjunto da E-Tec e Assessor da Diretoria do Cefor, José Mário Costa Júnior, que abordou o tema Institucionalização da EaD. José Mário falou sobre o Histórico e a legislação vigente da EaD, além de trazer um pouco da experiência do Ifes nas ações do Ensino a Distância no Espírito Santo. Na sequência, com o tópico Ensino de Engenharia na Modalidade Ensino a Distância, o professor Roldão Lima Júnior destacou os desafios do ensino de engenharia na modalidade, o posicionamento dos conselhos de fiscalização profissional e, também, a capilaridade das ações do Ifes no estado.

A palestra de Aécio Lira, que trouxe o tema O Ensino a Distância e a Qualidade do Ensino de Engenharia, encerrou a mesa redonda e debateu sobre assuntos como inovação para a sala de aula ao propor o modelo híbrido de ensino e o fortalecimento e modernização dos cursos de engenharia. Salientou, também, o problema existente na base da pirâmide, nas grandes massas e não nos cursos de alto rendimento - aqueles que estão no topo da pirâmide - e o perfil atual dos cursos de engenharia.

Lira apontou o dever nacional de mudar a educação das engenharias no Brasil na próxima década e divulgou o projeto feito pelas escolas do topo para a base da pirâmide a ser executado a partir do próximo ano. Ele acredita que a próxima década será marcada pela fusão das modalidades de ensino presenciais e a distância, ou seja, o modelo híbrido de aprendizagem. Para o professor, a primeira meta é erradicar as notas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que giram em torno de 1 e 2, e a segunda é adotar uma metodologia híbrida com práticas de laboratórios, sendo o aluno o foco central, com sala de aula invertida, aula em grupo e presença de tutor presencial.

No último dia, a mesa redonda focou no tema Tecnologias Digitais no Processo Educativo. O professor Edilson Luiz do Nascimento, em sua palestra Tecnologias Digitais e Práticas Pedagógicas, enfocou a questão da Tecnologia Digital como uma realidade e o uso dos recursos como aliados ao processo ensino-aprendizagem, e defendeu a ideia da capacitação pedagógica e gestão acadêmica tendo as tecnologias digitais associadas ao processo de desenvolvimento. Além disso, apresentou alguns exemplos de tecnologias educacionais e práticas pedagógicas.

Já o professor Fernando Roberto proferiu a palestra Educação Profissional a Distância, na qual reforçou a necessidade de investimento na educação básica e, em virtude do curto tempo para formação, pontuou o crescimento de matrículas na modalidade EaD nos cursos Tecnólogos, demonstrando os entraves e os avanços para o crescimento da EaD, bem como algumas soluções tecnológicas para cursos a distância.

A última palestra do II Fórum do CREA-ES também teve a participação do professor Valdomiro Loyolla, representando a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), com o tema Soluções Tecnológicas para Cursos a Distância. Loyolla acredita que a "educação a distância é educação mediada por tecnologia, mas é educação" e propôs um questionamento com relação à adequação da escola atual à evolução do exercício profissional. E concluiu sua palestra apresentando alternativas para uma educação moderna.

O objetivo do II Fórum do CREA-ES, com o apoio do Cefor, foi buscar compreender e dialogar sobre procedimentos a serem adotados no cadastramento de instituições de ensino e cursos na modalidade presencial e a distância, como também indicar normas para auxiliar a verificação das atribuições profissionais do futuro engenheiro.

Veja as imagens registradas nos dois dias do evento